A aventura que foi, no ano passado, lançar uma revista impressa, com grande qualidade gráfica e, sobretudo, com conteúdos profundos sobre a realidade e o futuro do Algarve, correu muito bem. Muito bem mesmo, a julgar pelas vendas, mas sobretudo pelas reações dos nossos leitores. E tivemo-los em todo o Algarve, em todo o país, em várias partes do mundo!
Isso deu-nos alento para continuarmos e cá estamos, com o nº2 da DOIS.
Desta vez, o tema genérico é algo que define o ser algarvio: o Mar. Ou antes, usando os termos que agora estão em voga, a Economia Azul.
Mas, como sempre, procurámos ir além do óbvio e do conhecido, atitude que faz parte do ADN da pequena equipa de jornalistas responsável pelas reportagens, perfil, entrevista, sugestões de lifestyle, contidas nesta DOIS.
Até os nossos cronistas – Lídia Jorge e Luís Azevedo Rodrigues –, em textos muito diversos um do outro, foram para além da superfície deste mar que nos define. Ambos são uma delícia de se ler!
Um dos pontos altos deste nº2 da DOIS é, sem dúvida, a entrevista a Alexandre Farto aka Vhils, que, não sendo algarvio, passa agora a ter uma ligação muito forte ao Algarve e, sobretudo, ao nosso mar.
É que Vhils é o responsável por um projeto inédito em Portugal – e muito pouco habitual no resto do mundo: o de criação de um recife de arte no fundo do mar, uma espécie de galeria subaquática, apenas acessível a quem sabe mergulhar… e aos peixes. Uma obra que, como ele explica, junta criatividade e sustentabilidade.
O EDP Art Reef está a ser instalado ao largo da costa de Albufeira e também esta inédita intervenção artística dá uma ideia do dinamismo da nossa região, que é muito mais que Turismo, como mostramos ao longo das 96 páginas da DOIS.
Como aconteceu no primeiro número da DOIS (então com Pedro Cabrita Reis), também agora Alexandre Farto aka Vhils, esse ainda jovem, mas já grande artista com carreira internacional, acedeu generosamente ao nosso convite para ser o autor da capa exclusiva da nossa revista. E que belíssima capa temos!
Para chegarmos aqui, a este momento em que a DOIS está nas nossas mãos e a podemos folhear, tocar, cheirar, olhar e ler, foram meses de muito trabalho, algumas dores de cabeça, noites sem dormir, ataques de ansiedade, canseiras, descobertas maravilhosas, conversas interessantes, ataques de inspiração (ou falta dela…) por parte da pequena, mas aguerrida, equipa que produziu tudo isto.
Mas valeu muito a pena, não acha?
Elisabete Rodrigues, Diretora